Confesso que por ser recifense eu sou suspeito para falar… mas como são bons o chef Rodrigo Oliveira e sua equipe! Atolado de bode ou costela de porco? Carne de sol assada ou paleta de cordeiro? E as entradas? Dadinhos de tapioca ou sarapatel? E as caipiroscas de frutas de todo o Brasil? É muito difícil escolher entre todas as delicías de comer (e beber) servidas no Mocotó!
Estive lá novamente no último domingo e, como de costume, tudo estava divino. Como estávamos com um casal que ainda não conhecia o restaurante, começamos pelos famosos dadinhos de tapioca servidos com pimenta agridoce, que fizeram um sucesso enorme. Seguimos com um sarapatel, um dos pratos favoritos do meu amigo Henrique Paes, que ficou ainda melhor com um pouco da ótima pimenta da casa.
O sarapatel do chef Rodrigo Oliveira
E vamos aos principais! A dúvida era grande, mas optamos pela deliciosa carne-seca desfiada com cebola roxa, puxada na manteiga de garrafa (essa bem nordestina!), acompanhada de pimenta de bico, mandioca cozida e jerimum assado com mel e especiarias. Para completar, baião-de-dois, que segundo o chef Rodrigo é o famoso “feijão com arroz”, incrementado com queijo-de-coalho, lingüiça, bacon e carne seca. E ainda tinha um purê de macaxeira (mandioca aqui em São Paulo) com queijo-de-coalho! Uma combinação dos deuses, ou melhor, do sertão nordestino!
A carne seca com baião-de-dois
Para terminar, sorvete de rapadura com melado de cana e degustação de doces com queijo-de-coalho: ambrosia, jaca em calda, banana com rapadura e goiabada em pedaços com vinho. Ambos muito bons, mas não os melhores doces que já comi.
Os doces
O Mocotó continua oferecendo uma comida original, bem feita, a preços mais do que justos. Com certeza uma das melhores relações custo-benefício de São Paulo. Só recomendo chegar cedo se não quiser esperar por pelo menos uma hora, às vezes bem mais. No caso do Mocotó, cedo quer dizer antes do meio dia, quando a fila já se forma, antes mesmo de abrir as portas. Vale a pena!
A fila
Mocotó (www.mocoto.com.br)